sábado, 28 de agosto de 2010

Dom Helder

Ele "enxergava tudo em Deus e a partir de Deus. Vivia intensamente essa vicência em Deus, sem nenhum esforço, com a maior naturalidade, porque era um místico e vivia invisível, mais do que no visível, ou melhor dito, enxergava o invisível no visível: daí as longas horas passadas nessa vivência do invisível, que, para ele, era realmente sensível e imediato."

"A sua vida mística usava os temas e as mediações do catolicismo tradicional que recebeu da sua família, sobretudo da sua mãe, e do contexto cultural do Ceará. Mas não se fixou nas mediações. Tudo isso, doutrina, dogmas, sacramentos, devoções, era instrumento que não lhe chamava a atenção porque ia diretamente ao objeto de sua mística, o Deus revelado em toda a tradição nordestina. Gosava dos símbolos religiosos, mas não se apegava a eles, porque sua fé estava implentada diretamente em Deus. Por isso ele se achava à vontade com todas as pessoas de qualquer religião ou sem religião."

trechos do livro Dom Helder, peregrino da utopia - caminhos da educação e da política.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

dedique


Suas Palavras
Seus Gestos
Seus Olhares
Seus Sentimentos

deixam de ser

depois de ditas
depois de realizados
depois de lançados
depois de sentidos

são dos que recebem

pelos seus lábios
pelo seu corpo
pelos seus olhos
por seu coração

tudo que com amor
um dia deixou de ser teu.

Maria Cleide Souza
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Aí está tudo que um momento pode oferecer,
minhas palavras àqueles que questionam a ausência
por tanto tempo delas expressas em tanta perfeição.

Aos confundidos na pessoa de Darlan Galvão;
E a todos aqueles que puderem apreender
o que as palavras querem dizer.