sábado, 28 de agosto de 2010

Dom Helder

Ele "enxergava tudo em Deus e a partir de Deus. Vivia intensamente essa vicência em Deus, sem nenhum esforço, com a maior naturalidade, porque era um místico e vivia invisível, mais do que no visível, ou melhor dito, enxergava o invisível no visível: daí as longas horas passadas nessa vivência do invisível, que, para ele, era realmente sensível e imediato."

"A sua vida mística usava os temas e as mediações do catolicismo tradicional que recebeu da sua família, sobretudo da sua mãe, e do contexto cultural do Ceará. Mas não se fixou nas mediações. Tudo isso, doutrina, dogmas, sacramentos, devoções, era instrumento que não lhe chamava a atenção porque ia diretamente ao objeto de sua mística, o Deus revelado em toda a tradição nordestina. Gosava dos símbolos religiosos, mas não se apegava a eles, porque sua fé estava implentada diretamente em Deus. Por isso ele se achava à vontade com todas as pessoas de qualquer religião ou sem religião."

trechos do livro Dom Helder, peregrino da utopia - caminhos da educação e da política.

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